O alerta foi recebido pelas 04h33 de 3 de julho, pelo Comando-local da Polícia Marítima da Nazaré, e de imediato foram iniciadas buscas através de quatro embarcações de pesca que se encontravam nas proximidades.
Naufragava a traineira “Virgem Dolorosa” com 17 pescadores a bordo, entre São Pedro de Moel e Vieira (de Leiria), Concelho da Marinha Grande, a cerca de 1 milha marítima (1,8 Km) da Costa.
Com porto de registo na Póvoa de Varzim, armador e tripulação residem na sua maioria no Concelho da Figueira da Foz, nomeadamente Leirosa e Buarcos. Dois destes pescadores são de nacionalidade indonésia e os restantes são de nacionalidade portuguesa.
11 pescadores ficaram a salvo, tendo ficado um em estado mais crítico, e encaminhado para os cuidados intensivos da ULS Coimbra. 3 destes pescadores tiveram logo alta, e os restantes ficaram em observação no Hospital da Figueira da Foz.
3 pescadores faleceram.
Continuam as buscas pelos 3 pescadores desaparecidos, coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima da Nazaré, tendo sido desde logo ativadas, citando informação no site da Autoridade Marítima Nacional, “duas embarcações da Estação Salva-vidas da Nazaré e da Figueira da Foz, uma equipa de vigilância aérea do Comando-local da Polícia Marítima da Nazaré e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa.
Para o local deslocaram-se ainda elementos do Projeto “SeaWatch”, da Autoridade Marítima Nacional, e o Grupo de Mergulho Forense da Polícia Marítima”.
De acordo com a mesma fonte o Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio, assim como, de acordo com outras notícias divulgadas, os psicólogos dos Municípios e Freguesias mais envolvidas.
As causas do naufrágio desta embarcação de pesca estão a ser apuradas, adiantando-se que era considerada segura no meio piscatório, pela sua construção em aço, e por estar apetrechada dos mais modernos meios de segurança, de acordo com indicações por parte das Associações do setor, Associação de Armadores da Figueira da Foz e Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, bem como da ANOPCERCO.
Uma vez mais a questão da cultura de segurança está a ser objeto de reflexão por parte de diversos representantes das autoridades marítimas, continuando a Mútua a reforçar a necessidade de concertação de esforços para tornar as atividades marítimas cada vez mais seguras, e mais do que oportuna a importância de se reativar em pleno a Comissão Permanente de Acompanhamento para a Segurança dos Homens do Mar.
A Mútua dos Pescadores, seguradora da tripulação e da embarcação, está a acompanhar o desenrolar desta tragédia, e manifesta as mais sentidas condolências às famílias enlutadas e às suas comunidades.
Fontes da notícia: Site oficial da Autoridade Marítima Nacional; RTP3.
Autoridade Marítima Nacional:
https://drive.google.com/file/d/1GhnYX1lqM2RINq7r1hXuIURTTSQuRdmK/view
https://www.amn.pt/Media/Paginas/DetalheNoticia.aspx?nid=5779