Durante o Conselho Regional do Norte da Mútua dos Pescadores que reuniu no dia 8 de fevereiro, os seus membros, oriundos das diversas comunidades piscatórias daquela região, alertaram uma vez mais para o mau estado em que se encontra o porto de Leixões, infraestrutura extremamente importante na atividade socioeconómica de toda a região Norte.
O assunto não é novo e está a atingir um ponto muito grave, pondo em risco a segurança dos pescadores e de todos os profissionais que utilizam aquela infraestrutura portuária.
O Conselho de Administração faz nota pública do assunto, manifestando a sua solidariedade para com os profissionais da região.
Refere-se no comunicado o desinvestimento geral naquele porto, designadamente, pela “insuficiente colocação de defensas de proteção das embarcações, degradação acentuada, ou mesmo ausência, de escadas de acesso às embarcações, iluminação insuficiente em diversas partes do porto, insuficiência de pontes-cais, para além da degradação de algumas destas estruturas, más condições do pavimento onde circulam, por exemplo, empilhadores, por entre outras questões de complexidade variada que urge resolver”.
Destaca-se a importância do porto de Leixões com alguns dados, tornando ainda mais impactante esta questão: onde se concentram 30,3% do total dos pescadores do país e mais de metade dos pescadores do Cerco no plano nacional, 54,8% (dados de 2023). É o porto mais seguro de toda a região, um motor por excelência da economia regional e, do ponto de vista das descargas de pescado, teve um crescimento de 17,8% nos primeiros 9 meses de 2024 (os únicos dados disponíveis). Ao longo dos anos situa-se sempre entre os 3 maiores portos de pesca nacionais em termos de pescado descarregado.
Download ComunicadoDe referir que a presente reunião faz parte das reuniões do trimestre que a Administração está a promover com os seis Conselhos Regionais, onde se debatem os assuntos de interesse comum da cooperativa e se prestam contas da atividade desenvolvida no ano de 2024. Momentos de partilha e reflexão, que ajudam a preparar também, em certa medida, a Assembleia geral, que se realizará antes da Assembleia eleitoral de 30 de março, onde se aprovará, entre outros documentos, o relatório de gestão relativo ao ano de 2024. Assembleia esta que será anunciada em breve.