Relatório sobre as 100 maiores cooperativas e os objetivos de desenvolvimento sustentável

Mútua está entre as 100 maiores

Com os olhos postos nos objetivos do desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas, o relatório sobre as 100 maiores cooperativas nacionais, da responsabilidade da CASES, procura avaliar o modo como estas cooperativas estão a contribuir para estes objetivos, a partir de alguns indicadores de 2018, como a capacidade de solvência das organizações, as condições de trabalho ou a igualdade de género.

Do universo das cooperativas analisadas encontra-se a Mútua dos Pescadores, entre as 100 maiores cooperativas nacionais, de todos os ramos e atividades, no 65.º lugar, e a maior do ramo de serviços. Mas se este é um bom indicador, que atesta os bons resultados da Cooperativa, o mais importante neste Relatório são os indicadores sócio-económicos avaliados no universo das 100 maiores, para os quais a Mútua se orgulha de poder também contribuir, ao lado das suas pares.

Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fixados pela Agenda 2030 das Nações Unidas o relatório da CASES centra-se no ODS 8 – Promover o crescimento económico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos.

No que toca à informação extraída dos balanços destas entidades, verifica-se, por exemplo, que na generalidade apresentam níveis elevados de liquidez, são financeiramente autónomas e solváveis, possuindo baixas taxas de endividamento.

No que concerne à estabilidade laboral, em 99 Cooperativas que forneceram informação relativamente aos contratos, 72,7% dos seus trabalhadores têm um contrato sem termo, o que é próximo da percentagem nacional de 78,0% em 2018.

Constata-se que 67,7% das 99 Cooperativas analisadas neste âmbito apresentam um peso do número de trabalhadores com contratos sem termo superior a 80%, sendo de salientar que 30 dessas Cooperativas têm todos os seus trabalhadores com contratos permanentes. Apenas 12 Cooperativas apresentavam um peso dos empregados com contratos sem termo inferior a 50%, entre as quais somente três não tinham nenhum trabalhador com um contrato sem termo.

Por Ramo, observam-se valores igualmente elevados, variando entre 69,4% no Ramo Ensino e 100% no Ramo Habitação e Construção.

No que respeita à proporção de mulheres em cargos de chefia, verifica-se que a percentagem nacional, de acordo com dados do INE para 2018, era de apenas 2,3%, ao passo que no universo das 100 maiores cooperativas a participação feminina é superior. Dos 427 membros dos órgãos de Administração, 8,2% são mulheres.

“Este indicador procura aferir o grau de inclusão das mulheres no mercado de trabalho, conforme o delimitado pelo ODS 8, mas também está intimamente ligado a uma das metas de outro ODS, nomeadamente o 5 – Alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas, e a sua meta de garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, económica e pública.”

Relatório na íntegra aqui