Naufrágio ao largo de Tróia

No Concelho de Grândola, bairro do Isaías e Cadoços, vive-se a tragédia do naufrágio que vitimou 4 dos seus filhos.

O alerta foi dado na manhã de domingo, dia 7 de abril, algumas horas depois do acidente. Uma embarcação tinha naufragado a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, cerca das 7h00, com cinco pessoas a bordo: o mestre, dois irmãos, um pai e um filho, entre eles uma criança. Há ainda dois desaparecidos, tendo sido resgatado com vida o mestre da embarcação.

De acordo com a explicação do capitão do Porto de Setúbal, Serrano Augusto, à CNN, o proprietário da embarcação terá sido surpreendido por um golpe de mar, “que fez com que os passageiros tivessem sido ‘cuspidos’ para a água”. Apesar das manobras efetuadas, o barco virou-se e afundou.

O timoneiro terá explicado às autoridades, depois de três horas à deriva no mar, que “depois de ter sido atirado também ele borda fora, que conseguiu ainda agarrar-se a uma parte da embarcação, mas que ela foi afundando”.

As autoridades estão a averiguar as condições em que o acidente ocorreu, e as buscas prosseguem para encontrar os desaparecidos. Decorreram já durante todo o dia de domingo, tendo sido suspensas às 20h30 e retomadas já esta segunda-feira, às 7h30, por mar, por ar e por terra. De acordo com a Autoridade Marítima no seu site, nas operações de busca, coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima de Setúbal, estiveram empenhadas, por mar, uma embarcação com elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal, uma embarcação com tripulantes da Estações Salva-vidas de Sesimbra e Sines e do Grupo de Mergulho Forense da Polícia Marítima, e um navio da Marinha Portuguesa. Por terra, estiveram elementos da Polícia Marítima, dos Bombeiros Voluntárias de Grândola e da GNR da Comporta. Foram empenhados drones do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa.

Esta tragédia vem uma vez mais confirmar a importância dos cuidados a ter na preparação de qualquer saída para o mar, desde logo na verificação das condições meteorológicas, seja em trabalho, seja em lazer, e na pertinência de continuar a insistir na obrigatoriedade do uso de coletes individuais salva-vidas (i.e. auxiliares de flutuação) nestas atividades.
A concertação de esforços para tornar as atividades marítimas cada vez mais seguras deve continuar a ser um imperativo das autoridades competentes e entidades envolvidas nestas matérias, e mais do que oportuna a reativação em pleno da Comissão Permanente de Acompanhamento para a Segurança dos Homens do Mar.

A Mútua dos Pescadores está a acompanhar o desenrolar deste trágico acontecimento, e manifesta as mais sentidas condolências às famílias enlutadas e às suas comunidades.

Fontes da notícia on-line: Site oficial da Autoridade Marítima Nacional; O Setubalense e CNN.

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