Voz do Operário, Lisboa, 4 de fevereiro, 15h00 às 17h00
O Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio, criado pela CASES em 2012, destina-se a homenagear as pessoas singulares e coletivas que, em cada ano, mais se tenham distinguido no setor da Economia Social ou na divulgação da personalidade, atividade cívica e obra de António Sérgio.
Em 2022 são distinguidos sete projetos vencedores.
Dois na categoria Inovação e Sustentabilidade promovidos pela Associação Espaço T e Mundo a Sorrir; um na categoria Estudos e Investigação, para a investigação coordenada por Sílvia Ferreira “Trajetórias Institucionais e Modelos de Empresa Social”, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; um na categoria Estudos e Investigação na Lusofonia, para o trabalho coordenado por Isabela Moreira sobre os “Papéis e desafios das cooperativas da agricultura familiar no processo de implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em cidades de Minas Gerais, Brasil”, Publicado em Espacio Abierto – Cuaderno Venezuelano de Sociologia – Volumen 30 Nº 3 (julio – septiembre) 2021, pp. 196-227; dois na categoria Trabalhos de Âmbito Escola, ao Agrupamento de Escolas de Alcanena e Agrupamento de Escolas de Vagos; e um na categoria Trabalhos Jornalísticas a Catarina Marques, pela reportagem “Eu, a minha mochila e mais nada!” do canal de televisão SIC.
Atribuindo-se também sete menções honrosas: ao Centro Humanitário de Tavira Cruz Vermelha Portuguesa e à Associação VERDE – Associação para a Conservação Integrada da Natureza; à investigação conduzida por Ana da Silva Costa, “Divulgação voluntária da informação e sustentabilidade: estudo aplicado às IPSS portuguesa”/ Mestrado em Gestão de Organizações do 3º Setor/Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico do Porto; a Francisco do Adro, pelo trabalho de investigação “Empreendedorismo, Inovação e Performance nas Organizações Sem Fins Lucrativos Portuguesas”/Tese para obtenção do Grau de Doutor em Gestão (3º ciclo de estudos)/ Universidade da Beira Interior; a José Henriques, pela investigação “As Cooperativas de Distribuição de Água do Sul do Concelho de Paredes”, Mestrado em Gestão e Regime Jurídico-Económico da Economia Social-IPP/ISCAP; ao trabalho coordenado por Alan Freitas, “Tripla natureza das cooperativas do setor mineral: desvelando as características da gestão social, econômica e ambiental”, Publicado na Society and Development, v. 10, n. 10, 2021 e a Maria João Morais, pela reportagem “Fratellini: no Monte da Caparica fabricam-se gelados que transformam vidas”, no jornal Almadense.
Reconhecem-se ainda três Personalidades do Ano da Economia Social que destacamos.
Com o Prémio Carreira, foram distinguidos o antropólogo e dirigente associativo Augusto Máximo Flor, e Deolinda Meira, Doutorada em Direito, e especialista no regime económico das cooperativas, que aqui saudamos pelos laços de amizade e parceria com a Mútua ao longo dos anos.
Augusto Máximo Flor foi dirigente Associativo desde 1970, tendo sido cofundador de várias associações e clubes. Foi dirigente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, desde 2002 e Presidente da Direção desde 2007, até 2022. Embaixador para a Ética no Desporto (desde 2013); membro do CES – Conselho Económico e Social; do CNES – Conselho Nacional para a Economia Social e do CND – Conselho Nacional do Desporto. É ainda Autor de vários livros e centenas de textos publicados em jornais, revistas e edições em coautoria, sobre as questões do Associativismo.
Deolinda Meira, Jurista, autora e coordenadora de comunicações científicas, monografias, capítulos de livros e artigos sobre o regime económico das cooperativas e, entre outros, diretora do Curso de Mestrado em Gestão e Regime Jurídico-Empresarial da Economia Social, no âmbito do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Instituto Politécnico do Porto. O seu trabalho nesta área influenciou o código cooperativo vigente.
João Semedo Tavares é distinguido a título póstumo com o Prémio Capacidade Empreendedora. João Semedo Tavares emigrou de São Tomé e Príncipe para Portugal muito jovem, onde teve um percurso de vida muito difícil, até se ter restabelecido no bairro onde sempre morou, Cova da Moura. Aí fundou em 2014 a Academia do Johnson (nome pelo qual era conhecido), e a partir da sua experiência de vida apoiou, com o trabalho da Academia, crianças de ambientes fragilizados e de famílias muito carenciadas.
“Faleceu aos 50 anos, vítima de doença prolongada, no dia 30 de novembro de 2022. Até ao último momento trabalhou e esteve presente diariamente na Academia, acompanhando as crianças e jovens num trabalho de prevenção precoce e intervenção multidisciplinar, em rede com escolas, pais, comunidade, e setor público, social e privado. A sua memória irá perpetuar-se através do seu legado.”
Nota: a partir de informação da CASES, que pode ser lida na íntegra aqui