Encontro de organizações portuguesas e espanholas da pesca da sardinha

“Desde o final de setembro de 2018 que os pescadores de Portugal e Espanha continuam sem
poder pescar sardinha, situação essa que se vai prolongar até ao próximo mês de maio.
Torna-se assim fundamental perceber qual é o enquadramento científico atualizado desta
interdição e quais as perspetivas, em termos de possibilidades de pesca para o corrente ano de 2019.”

(excerto da Nota de Impressa que divulgamos na íntegra aqui)

Conclusões da reunião:
“[as organizações reunidas] Congratulam-se pelo aumento relevante que o recurso sardinha tem tido nos últimos três anos, depois de ter atingido os seus mínimos históricos no período de 2012 a 2015, e que se deve largamente aos esforços desenvolvidos pelo sector.

Felicitam os muito bons resultados científicos obtidos em 2018 pelos cruzeiros de investigação científica promovidos pelo Instituto Español de Oceanografia (IEO) e pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e que traduziram um aumento da biomassa de sardinha com mais de um ano (B₁₊) entre 2017 e 2018 superior a 70%.

Entendem que, para 2019, os governos de Portugal e de Espanha devem adotar como ponto de partida um total de capturas de 15.425 tons para os dois países, susceptível de ser aumentado ainda no decorrer de 2019, para o período que se iniciará ainda no primeiro semestre de 2019. Esta quantidade corresponde à aplicação de uma mortalidade precaucionária de F= 0,10 sobre a estimativa da quantidade de biomassa (B₁₊) fixada pelo último parecer do ICES para 2019 e que se cifra em 154.254 tons, quantidade esta bastante conservadora face aos excelentes resultados científicos obtidos em 2018.”