No passado dia 19 de março reuniu a Assembleia geral da Mútua, naquela que foi a última Assembleia geral dos órgãos sociais cessantes, antes das eleições de 26 de março.
Foram 123 os participantes, que rumaram a Lisboa, oriundos de várias regiões do país, como é tradição, maioritariamente pescadores, dirigentes e trabalhadores da Cooperativa. Coube ao Presidente do Conselho de Administração cessante, José António Amador, apresentar o Relatório de Gestão e Contas 2016 focando os aspetos principais espelhados no documento sobre a atividade da Mútua e o contexto geral económico e social do país, também refletido no documento.
Enquanto no país se viveu em 2016 “um ritmo de crescimento sustentando e recuperação moderada” (dados do Banco de Portugal), a Mútua também cresceu em termos de prémios em todos os ramos, com exceção de Incêndio e Multirriscos, tendo sido em Acidentes de Trabalho que se verificou um maior crescimento de 15,3 %. Os resultados líquidos do exercício de 2016 foram de 341 486,33 € após impostos. A sinistralidade também reduziu em 2016, facto que muito nos deve orgulhar, não deixando de registar os 4 acidentes mortais que assombraram o ano.
No momento da discussão do documento destacamos aqui duas questões que foram levantadas por cooperadores presentes: a importância de aumentar o número de cooperadores e de controlar a sinistralidade também por via de uma tarifação rigorosa e adequada aos riscos. Questões que foram também realçadas pelos membros do Comité de Gestão e pelo Presidente do CA.
O documento foi aprovado por unanimidade e aclamação, bem como o Parecer do Conselho Fiscal apresentado por um membro deste órgão.
Houve ainda espaço para os membros da Mesa, Frederico Pereira e Leonardo Egídio, prestarem informação aos sócios pescadores sobre algumas questões relacionadas com a nova legislação comunitária que alargou o sistema de coimas por pontos à pesca, o Fundo de Compensação Salarial e o RIM – Regulamento de Inscrição Marítima, diploma fundamental que enquadra toda a atividade marítima profissional, e que em breve será revogado. Leonardo Egídio, também ele pescador, deixou um alerta aos presentes para se acautelarem, pois este novo sistema de coimas, ao aplicar-se às licenças das embarcações, pode deixar as tripulações em terra, sem trabalho.
No final da AG, João Delgado fez, em nome do Conselho de Administração, uma justa homenagem a todos os que já passaram pelos órgãos sociais da Mútua e que contribuíram com o seu saber e a sua generosidade para o coletivo. Destes destacou o papel de José António Amador, Joaquim José Mota e António Meyrelles, que vão deixar os órgãos sociais em março, mas não a vida da Mútua. Frederico Pereira relembrou também o papel de todos aqueles que graças ao seu esforço e abnegação foram o garante da Mútua enquanto tal, nomeadamente na crise de 84 (ver o separador História no Menu Quem somos, neste site). Para todos eles deixaram um imenso “Até amanhã.”
Finalmente, Ana Vicente, a nova Diretora geral da Mútua, prestou a merecida homenagem a Jerónimo Teixeira, 30 anos na qualidade de Diretor geral, e que agora se candidata aos novos órgãos sociais, para o Conselho de Administração. Homenageando também os trabalhadores da Mútua, principais responsáveis pelos bons resultados obtidos.
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