As comunidades piscatórias de Setúbal, Sagres, Portimão e Ferragudo acolheram as últimas ações do Pés no Terreno – Plano de ação Cooperativa da Mútua dos Pescadores, nos dias nos dias 4, 14 e 15 de fevereiro de 2017.
Em Setúbal a Mútua foi acolhida pelas organizações locais Bivalmar/Setubalpesca, na sua sede, e a sessão contou com a presença da Câmara Municipal de Setúbal, a Capitania do Porto, a Docapesca e pescadores locais. O debate frutuoso que se gerou centrou-se em questões como a renovação de mão-de-obra na pesca, nas possibilidades de tornar a pesca mais atrativa, na segurança no mar, na formação, em esclarecimentos técnicos sobre produtos de Seguro para a pesca profissional e possibilidades de parceria entre as diversas entidades presentes. Segundo o dirigente da Bivalmar, as soluções para a pesca e para os pescadores está nas organizações representativas do setor e nos seus associados. A diferença de Preços [na produção e consumo final] pode ser resolvida, temos é que ter pessoas e outros meios necessários.
Da CM Setúbal veio a certeza de que.. “A dignificação e maior visibilidade do setor têm que ser trabalhadas pelas organizações do setor em conjunto e com a ajuda da câmara municipal. A Câmara Municipal está disponível a cem por cento para o que for necessário.” (representante da CMS)
Nos dias 14 e 15 de fevereiro, visitámos as organizações do Barlavento Algarvio.
Nas instalações gentilmente cedidas pela Docapesca de Portimão ouvimos os representantes da Barlapesca, no dia 14.
A desilusão era bem evidente nas palavras dos homens que representam a pesca do cerco daquela região. Os constrangimentos à pesca da sardinha, os atrasos no pagamento da compensação pela paralisação a que estão submetidos.
No fim do dia, a Mútua reuniu com a Associação de Pescadores de Sagres. Com orgulho, a funcionária da associação refere que o primeiro curso do Salva-Vidas da Mútua foi feito em Sagres. As revistas Marés em cima da secretária e os posters das campanhas da Mútua na parede da Associação rapidamente nos fazem sentir em casa.
No dia 15, foi a vez de visitarmos a AAPABA, Associação de Armadores da Pesca Artesanal do Barlavento Algarvio, em Ferragudo (Portimão).
Os dirigentes da AAPABA centram as suas intervenções na necessidade da Mútua se aproximar cada vez mais das comunidades por razões concorrenciais de mercado. A falta de pessoal para a pesca é outras da preocupações principais.
(artigo na íntegra pode ser lido na edição da Marés # 77, de abril 2017)