O Editorial destaca outras pessoas que infelizmente nos deixaram neste período, e que, no seu tempo e lugar, de modos diferentes, deixaram a sua marca na Mútua: António Lopes Ribeiro, antigo diretor técnico da Mútua; José Martins Correia, antigo ROC e auditor da Mútua, e António Murrangas Gonçalves, dirigente associativo da Nazaré e membro dos órgãos sociais da Mútua.
Com uma projeção mais nacional, pelas várias funções que assumia, Rogério Cação deixa-nos um legado importantíssimo no setor cooperativo e social, em particular nas CERCI.
E finalmente Ivo Castro, já homenageado noutra edição da Marés, mas recordado agora, a propósito do concerto de homenagem realizado recentemente, promovido por um dos Coros que dirigia.
Todos eles com destaque na Revista.
Destaque também no Editorial para o estado da arte das Pescas Nacionais, com um cenário de desalento em várias dimensões – desde a falta de tripulações, condições de segurança a bordo, nalguns portos e barras, rendimentos – que seria objeto de reflexão nas várias intervenções levadas ao Encontro Nacional sobre as pescas e o mar realizado em Sesimbra, tema trazido também neste editorial.
Cooperativa
Os Conselhos Regionais merecem destaque nesta edição, a pretexto das últimas reuniões realizadas após o ato eleitoral de 28 de março, e a sua importância para a convergência da ação da Mútua nas comunidades ao encontro dos problemas e anseios reais que são manifestados nestes fóruns.
Outros temas em destaque
As Guardião do Mar e os estaleiros navais de Sarilhos Pequenos merecem destaque de capa, pelo exemplo que encerram. As Guardiãs são essencialmente as pescadoras do estuário do Sado, que protegem as pradarias marinhas no quadro da intervenção da Cooperativa Ocean Alive e do seu projeto de sensibilização e educação ambiental. Por seu lado o Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos e o seu Mestre Jaime Costa, são também os guardiões de um outro património vital para as comunidades da borda de água, a construção naval em madeira que encerra práticas e saberes que importa continuar a valorizar e a promover. Patrimónios que ajudam a construir as identidades locais destas comunidades.
Uma nota também sobre a dinâmica pedagógica que a Mútua organizou, integrada nas comemorações do Dia Europeu do Mar, em torno do Livro “As profissões do mar”, do projeto Mar de Experiências, conduzida pelos seus autores, Teresa Azevedo e Bruno Costa, com alunos do Ensino Básico, em Vila Chã e Peniche. Atividade entretanto realizada também em Sesimbra, assinalando o Dia Nacional do Mar, notícia na próxima Marés.
Destacamos ainda na seção arte e cultura o Livro “Caminhos com história – memórias dos bairros dos pescadores e do grito do Povo”, das irmãs Joana Iglésias Amorim e Vanessa Iglésias Amorim (que integra também o Conselho de Administração da Mútua), no âmbito do projeto PRIA – Percursos em Rede para a Inclusão Ativa e das histórias de vida dos moradores dos bairros, partilhadas nas oficinas colaborativas. Um projeto do Município de Setúbal.
As alterações climáticas e o impacto no mar, são o tema da nova rubrica de José Decq Mota, Mar – janela aberta para a cultura e desenvolvimento, a encerrar a Revista, antes do pequeno anúncio.
Esta é uma edição mais reduzida do que o habitual, reservando para o próximo número um dossier especial sobre o Encontro Nacional Valorizar as Pescas e o Mar, Valorizar as Pescas e o País, que juntou diversas organizações e entidades do setor da pesca e do mar.
A Marés contou como sempre com a colaboração de diversas pessoas e entidades que garantem edição após edição a continuação deste projeto editorial. Nesta edição, para além dos autores dos artigos e das pessoas, organizações e entidades referenciadas, o nosso agradecimento ao Formar, Lotaçor e Docapesca.